No fecho de mais uma edição deste evento, Sérgio Avila, salientou que a presença açoriana na Web Summit 2019 “foi uma das melhores formas de mostrar as valências competitivas dos Açores ao mundo tecnológico e empreendedor, perante mais de 70 mil pessoas, 1.400 investidores, de 140 nacionalidades diferentes, e cerca de 2.000 órgãos de comunicação social internacionais especializados em economia, empreendedorismo e sustentabilidade ambiental”.
“A nossa presença física, através de um stand, permitiu às 30 empresas de base tecnológica que nos acompanharam fechar negócios, reunir com parceiros fundamentais para o desenvolvimento da sua atividade”, destacou.
“Apostamos em ajudar as nossas empresas a crescer, reforçando a sua ambição global e apoiando-as no caminho para os mercados externos, por forma a criarem mais emprego”, acrescentou o Vice-Presidente.
Entre as 30 empresas presentes, 15 são 'startups', criadas por uma nova geração de empreendedores que se carateriza por valores como “a procura incessante de inovação, a aposta na valorização dos seus colaboradores, na criatividade e no design, o respeito pelo meio ambiente, mas, sobretudo, uma maior visão e ambição globais”.
“Estamos perante uma geração de empreendedores nova, que tem a consciência de que vive numa economia cada vez mais global e competitiva e que está ansiosa por participar na economia global”, frisou.
“É também na Web Summit que as empresas de setores tradicionais se inspiram para inovar nos próximos anos e antecipam quais são as maiores ameaças ou oportunidades, sejam do comércio, da indústria ou do turismo”, referiu Sérgio Ávila.
Após a mecanização, a eletrificação e a automação, o mundo hoje enfrenta uma nova revolução – Indústria 4.0 - que se carateriza pela introdução de um conjunto de tecnologias digitais nos processos de produção, na relação entre os vários intervenientes na cadeia de valor, no relacionamento com o cliente ou mesmo no modelo de negócio.
Para o titular da pasta da Competitividade Empresarial “a indústria 4.0, muito discutida durante a Web Summit, permite aos nossos empresários compreender o que aí vem, desde a digitalização e do comércio eletrónico, de tecnologias como a ‘Internet of Things’, o ‘Machine-to-Machine’, a impressão 3D, a realidade aumentada, os materiais inteligentes e ambientalmente responsáveis, entre outras coisas”.
Nesse sentido, o projeto Terceira Tech Island ganha “grande relevância e centralidade”, pois, foca-se nas novas profissões e na digitalização, contribuindo simultaneamente para mitigar parte dos efeitos do 'downsizing' da Base das Lajes.
“Em 2017, quando participámos pela primeira vez na Web Summit, fizemos a primeira apresentação do projeto. No ano passado existiam cinco empresas a funcionar e este ano temos já 16 empresas instaladas e mais de 140 postos de trabalho qualificados criados”, afirmou Sérgio Ávila, garantindo que durante a Web Summit “vários presidentes e administradores de empresas tecnológicas visitaram o stand dos Açores, manifestando intenções de se instalarem também no Terceira Tech Island”.