Refletir, dialogar o tema e apresentar o programa do ano pastoral aos sacerdotes, de forma a partilhar com a comunidade, é um dos objetivos do congresso.
“Comunidade evangelizada em comunhão missionária” é o lema que serve de mote às orientações diocesanas da pastoral.
D. João Lavrador, Bispo de Angra, explicou, à Atlântida, que o congresso vai ao encontro do Concilio Vaticano II que se “propôs adaptar a igreja” à realidade da sociedade atual “para que ela se torne verdadeiramente evangelizadora”.
“O Papa Francisco depois traduziu esta realidade que, no fundo, estava presente em Paulo VI em que dizia ‘Comunidade evangelizada e evangelizadora’ e o Papa Francisco vai dizer “Comunidade de discípulos missionários’, portanto, uma comunidade que escuta e se deixa refrescar pelo evangelho e depois se torna mais disponível para ir ao encontro dos outros”, referiu o bispo dos Açores. D. João Lavrador afirma que o mais importante é “reconhecermos que esta evangelização é feita por todos os membros da comunidade cristã”, salientando que “esse trabalho é um trabalho nunca acabado e que temos que, periodicamente, ir ao encontro desta perspetiva do Concílio do Vaticano II, dizendo que somos um povo de Deus e todos os batizados são chamados a escutar o evangelho e, depois, tornarem-se em comunidade evangelizadora”.
Catequese, celebração litúrgica e partilha fraterna, ou seja, a vida quotidiana das comunidades será outra das matérias a serem discutidas.
Os encontros têm início a 11 de setembro, na Madalena do Pico, reunindo os sacerdotes da Vigararia Episcopal do Ocidente. No dia seguinte, as jornadas têm lugar na ilha Terceira, destinado ao clero da Vigararia do Centro e finalizam, a 13 de setembro, em São Miguel, reunindo os párocos da Vigararia Nascente.
O responsável pela diocese de Angra falou, ainda, da importância desta iniciativa.
“No fundo, isto tem a ver, realmente, com a dinamização da diocese e de nos colocarmos sempre numa escuta do que o Concílio do Vaticano nos quer oferecer e, naturalmente, ter em conta aquilo que hoje não se compreende, uma atividade da igreja que não abarque todos os cristãos e temos, cada vez mais, de abraçar todos e reconhecer que, sobretudo, aquilo que é a relação da igreja com o mundo e que esta proposta do evangelho só pode ser feita pelos leigos que estão nas diversas atividades”, afirmou o responsável o bispo de Angra.
D. João Lavrador apelou à participação dos leigos na formação que as ouvidorias realizam para “de uma maneira responsável e consciente, possam participar na vida da Igreja”, referindo que “temos os meios necessários para realizar estas formações, como Instituto Católico de Cultura e Escola de Formação a nível da ouvidora”.
As jornadas de formação do Clero de Angra decorrem de 11 a 13 de setembro, entre as 10h00 e as 17h00, em três ilhas do arquipélago.